NECA

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quarta-feira, 31 de julho de 2019

VAI TOMAR NO C...



VAI TOMAR UM TACACÁ!
 


1.   A “suposta” invasão de áreas indígenas no Amapá, ainda vai dar muito o que falar, o Senador Randolph, para MUITOS, se precipitou, correu para a internet clamando em bom tom que a população “divulgasse seu vídeo”, e que o tal local tinha sido invadido por mais de 50 garimpeiros (   ).

2.   Logo um gabinete de crise se instalou no Amapá, e a Policia Federal emitiu nota, de que NÃO HAVIA INDICIOS DE INVASÃO.


3.   Para MUITOS: E AGORA SENADOR?



4.   São tantas estórias, são tantas versões...

5.   Que até o Presidente Bolsonaro que não tem papas na língua, se manifestou dizendo que vai liberar extração de minerais em áreas indígenas, olha o problema.

6.   E parece que na onda de bons amigos, Bolsonaro e TRUMP estão se dando bem, o norte americano até elogiou o filho de Bolsonaro. EU HEIM!

7.   LADRÕES QUE se apropriaram do dinheiro publico, agora dão uma de bonzinho, tem gente dizendo que é “constrangedor” ser preso. EGUA.



8.   Tem JORNALISTA que continua BRINCANDO de ser profissional, parece que não gosta de trabalhar, vive emitindo felicidade quando chega a sexta-feira (URUUUU), termina a matéria, e solta as suas: (partiu café, partiu almoço, partiu....VAI CHORAR QUANDO PARTIR PARA A MASSA DE DESEMPREGADOS) Tem outros que não evoluíram, não conseguem sequer se VESTIR ADEQUADAMENTE, tem outros que não conseguem se expressar, NÃO SABEM EMITIR OPINIÃO, deveria ficar de boca calada e dar somente a notícia, tem outros que não conseguem ser profissionais, e tem tantas imperfeições que parece que o diretor não observa.

9.   Macapá continua a cidade do lixo debaixo do tapete, tem tanta rua sem estrutura de acessibilidade, e políticos continuam nos palanques.

10.               Para um morador de Macapá (Não adianta comprar carro novo para a policia, se não fazem MANUTENÇÃO) e disse: saudade da garagem do governo.

sexta-feira, 26 de julho de 2019

PESQUISAS

LIVRO DIGITAL DA NECA MACHADO- AMAZÔNIA


PUTAS VELHAS -MEMÓRIAS
CRONICAS DA NECA MACHADO

"REVOLTA DE UMA PUTA POBRE!"

(Mulheres que se VALORIZAM, não gostam de chocolate, nem de flores, gostam de diamantes... Puta)




BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs, classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 24 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018 e 2019.  Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)





*LEMBRANÇAS....

"A forma como defino o luxo não é o tecido ou a fibra ou a quantidade de detalhes em ouro na peça... Essa é uma definição antiga. Para mim, luxo tem a ver com agradar a si mesmo e não 
se vestir para os outros".(Marc Jacobs
          
Sentada na antessala do Instituto de Oncologia onde foi levada por   “pena “ de um cliente que a ajudou a tirar seu título de residente na EuropaELA (   )talvez, nem se lamentasse do que viveu ou passou, estava na Europa, sonho de consumo da maioria das Prostitutas jovens do mundo todo, ficou por lá mais de 10 anos, enfrentando muito frio e hostilidades, e ela, agora tinha até o Cartão do Utente, sim, abriu um belo sorriso, era seu plano de saúde gratuito no exterior, o governo permitiu através de uma Lei que os portadores de câncer, tivessem direito a tratamento sem pagar nada, e ela se orgulhou, não teria que ser humilhada na fila do SUS, e nem teria que partir para a briga com outras companheiras por apenas uma consulta, sem remédios, NAS MADRUGADAS INSEGURAS, da “merda de onde nasceu, repetia REVOLTADA.”

ELA (  ) ainda adquiriu alguns hábitos da Europa, mesmo no câncer, não se abateria, continuaria a ter o nariz empinado, e dizia: na Europa é obrigação “ser arrogante” e fez um leve sinal com a boca, de pura satisfação apesar da morte na porta, vou morrer na Europa, podes crer!

Cutucou a prostituta do lado – “Bicha te comporta” aqui eles olham tudo, e tu sabes, nós já somos a diferença, riu entre um sorriso amarelo e a ansiedade de saber como estavam suas plaquetas, e olha que já tinha visto a maioria ir embora; quando começou o tratamento tinham várias ao seu lado, agora eram somente as duas, e amanhã outras viriam “contaminadas”, para apenas protelar um pouquinho, porque, repetia: “câncer é sentença de morte, não chora.”
Tentava segurar as lagrimas...

E para não perder o costume de falar da vida dos outros, apontou o dedo mindinho para o outro lado e disse: “está vendo aquela ali, o cabelo já caiu, tá de peruca...”
E lembrou:

DAS RUAS MAIS CARAS DO MUNDO, QUE CONHECEU, SOMENTE DO LADO DE FORA.... NUNCA ENTROU, NÃO TINHA DINHEIRO.

“Bicha quando cheguei aqui, quase enlouqueci.
Meu pé nem cabia num salto alto que comprei numa loja de segunda mão, mas, forcei tanto que ele cedeu, riu de novo.

Sempre amei passar nas ruas mais caras, e olha, que conheci, meio mundo.

PARIS

Em PARIS, há PARIS, fui milhares de vezes a Champs Elysées, e me vesti de “verdadeiro luxo”, segurei as bolsas mais caras, usei os melhores diamantes, calcei os sapatos mais sofisticados, e os casacos? Há os casacos, eu aprendi a combinar, bota, bolsa e casaco, UI! E ainda tinha os perfumes, sempre que eu passava em uma loja, tinha um vendedor sorrindo sarcasticamente, e me passava um pouquinho na mão, nunca tive realmente um dinheiro para comprar um vidro inteiro, mas aprendi a ir as lojas para me perfumar de graça, eles dão um pouquinho.

 E um dia de tanto sonhar no banco da praça, que quase morri de frio, e um segurança até pensou em me levar para dentro de uma loja da PRADA, mas, como não podia, lá voltei de metro para a espelunca que morava.

          Bicha tu tens que falar um pouquinho de inglês, francês, italiano, esquece o português por favor, aqui até faxineiro fala inglês.
“Um estudo feito pela Cushman & Wakefield, chamado Main Street Across the World, revelou que a rua mais cara este ano é nenhuma outra senão a 5th Avenue, uma das mais famosas avenidas da Big Apple. 

QUINTA AVENIDA- 5TH AVENUE – BIG APPLE

          Um dia sai com um caminhoneiro norte americano, e perguntei qual a rua mais cara de lá e ele me disse: 5ª AVENIDA.


Fifth Avenue ou 5th Avenue (em português5ª Avenida) é uma avenida extremamente movimentada de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América. Vai desde a rua Norte da praça Washington Square Park/Waverly Place(6th Street)em Midtown até a 143rd Street/Harlen River Drive, Harlem e devido às propriedades caras de particulares e mansões históricas que possui em toda a sua extensão, é um símbolo de riqueza de Nova Iorque. É uma das melhores ruas para fazer compras no mundo, e também uma das mais caras ruas do mundo. Foi fundada por Joseph Winston Herbert Hopkins, e é a avenida que divide as ruas do leste e do oeste de Manhattan, bem como o ponto número zero para os números das ruas (que aumentam em ambas as direções quando se afasta da Fifth Avenue).


E EU voltei a sonhar, “bicha sonho não tem preço.”
Eu posso sonhar.
No sonho EU POSSO TUDO.
Estou na 5ª Avenida, sentindo o cheiro da APPLE, e gastando em dólares.



“MULHERES QUE SE PREZAM, NÃO GOSTAM DE FLORES, NEM DE CHOCOLATES.
GOSTAM DE DIAMANTES...” ( revolta de uma Puta pobre)


FATO

Um dia um velho, nojento, com cheiro de podridão, queria muito meus beijos, eEU enojada, só queria ir embora dali, mas ele ainda tentou de todas as formas ser gentil, e tirou do bolso, um pedaço de chocolate, aí, eu me revoltei mais uma vez, e pensei entre deixa-lo sozinho, e ganhar uns parcos trocados, aguenta-lo, infelizmente, mas o que EU queria realmente, era um simples anel deDIAMANTE. Se não fosse, apenas de ouro já servia.

Um dia quase fiquei louca ao ver um carro de ouro, sim, não é mentira, era um carro de ouro que parou em Paris, era de um Sheik, e EU ENLOUQUECI, meu Deus, um carro de ouro, cruz credo, é muito dinheiro, e olha que vi o lançamento de um carro do Batman, que eu só tinha visto em desenho animado as portas de abriam para cima, e eu feito criança, dancei na rua de felicidade, é a EUROPA, aqui se vê de TUDO.

“Quando se pensa em luxo, alguns lugares do mundo vêm à mente: Paris, Milão e até mesmo Nova York. Mas, ainda dentro de cada uma dessas cidades, algumas ruas se destacam por serem as mais luxuosas do globo. 
Um estudo feito pela Cushman & Wakefield, chamado Main Street Across the World, revelou que a rua mais cara este ano é nenhuma outra senão a 5th Avenue, uma das mais famosas avenidas da Big Apple. 
Além de conter alguns dos nomes de maior reconhecimento da moda, a avenida também é marcada por abrigar os maiores milionários de Manhattan. O preço do metro quadrado? Nada menos que US$3.500,00. 
Curiosamente, a segunda posição fica com a Causeway Bay, em Hong Kong, com uma renda de US$2.399 por metro quadrado, bem acima dos US$1.372 cobrados em uma das ruas mais conhecidas do planeta, a Champs Elysées, em Paris. 
A lista com as dez primeiras posições do estudo você confere abaixo:
1.     5th Avenue, Nova York
2. Causeway Bay, Hong Kong
3. Champs Elysées, Paris
4. New Bond Street, Londres
5. Via Montenapoleone, Milão
6. Pitt Street Mall, Sydney
7. Bahnhofstrasse, Zurique
8. The Ginza, Tóquio
9. Myeongdong, Seul
10. Kohlmarkt, Viena”



          E o microfone repetiu seu nome para mais uma sessão de quimioterapia.
E na despedida, ELA, altiva, “arrogante”, disse entre um sorriso sarcástico: talvez seja um ADEUS. Amanhã talvez não estarei mais em uma outra sessão.

MAS, AMO A EUROPA.
Beijos, te cuida.

domingo, 21 de julho de 2019

CUTITE, TAMARINDO E MUCAJA...

CRONICAS DA NECA MACHADO- 2019


“CRONICA – AS ARVORES DA MINHA INFANCIA”

(Neca Machado)
BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 24 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017,2018 e 2019. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra, “A vida em Poesia 3” lançada em Lisboa em 14.09.2018, coautora na obra “ Tributo ao Sertão, lançamento em Zurique- Suiça-2018, coautora na obra “Além, da Terra, além, do Céu” lançamento em São Paulo em 06.10.2018- Editora Chiado-Pt, Co autora na obra internacional“As Cartas que não escrevi” lançamento em Genebra em 01.05.2019-Editora Helvetia. Co autora na obra lusófona “POEM’ART” lançamento em Portugal-Porto, 18.05.2019, co autora na obra lusa LIBERDADE, lançamento em São Paulo em 23.06.2019. Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)


“CRONICA – AS ARVORES DA MINHA INFANCIA”

Existem memorias olfativas, memórias singulares, saudades, nostalgias..., e um dia escutei: “O passado nos aprisiona...”

Talvez!
Mas, as lembranças, boas lembranças, estas sim, nos aprisionam em um lugar especial.
Nasci no bairro do Laguinho, coração da cidade de Macapá, no extremo norte do Brasil, um lugar que conservava aconchego, hospitalidade, serenidade de seus Pioneiros e de sua gente simplória.

E na subida da ladeira da Rua São José esquina com a antiga Nações Unidas, em frente à casa de Tia Geralda dos Prazeres, havia uma preciosidade “UMAARVORE DE CUTITE”


SIM, CUTITE, uma bela de uma fruta singular, com casca fina, madura era amarelada, com um sabor inigualável.


Já quase meio século, nunca mais comi CUTITE, nem sei se existem arvores nas redondezas, mas, essa arvore, nunca saiu da minha memória.

(O Cutitezeiro, conhecido como Tuturubá, tem origem na Amazônia, com copa frondosa, chegando a ultrapassar mais de 20 metros de altura, tem tronco cilíndrico, com cor cinza, com flores pequenas creme esverdeadas, seu fruto tem polpa massenta como a gema de um ovo, sabor adocicado, aroma forte, possui látex.)

Os frutos desejados por muitas crianças da redondeza, tinham o ciúme da proprietária, e era preciso ter paciência para apanha-los no chão porque muitos ainda verdes, produziam um leite (látex) que grudava nas mãos.
O tempo passou, o bairro cresceu, a arvore deu lugar a uma calçada, e as pessoas tradicionais foram desaparecendo como por encanto, e suas memórias, muitas delas, sequer guardadas ou preservadas para que as futuras gerações conhecessem.
Mas, EU nunca esqueci daquele sabor de infância.

Outra arvore que lembro com afeto era o pé de Tamarindo da esquina da Rua Raimundo Alvares da Costa com a Odilardo Silva. Um pé de uma arvore que não existia no Amapá, e deparei um dia com um fruto caído no chão, de cor marrom, e quando coloquei na boca, e senti a acidez, mas, gostei daquele sabor. (Um amigo meu que era engenheiro paulista, me escreveu um dia do exterior: “o gosto da fruta ao longe, me lembra o sabor da Terra”...)

Assim, são as lembranças boas, se eternizam na memória.
Na Europa sempre encontro tamarindo, e gosto de um belo suco gelado.

E outra arvore que lembro com saudade, é o pé de Mucajá.


Contavam tanta estória sobre a fruta, que gosto de sorrir ao lembrar, muitos pioneiros usavam recursos para tirar a “baba” do Mucajá, e colocar em mingau, mas, o que realmente era saboroso, era se debruçar sobre o fruto maduro, que tinha um cheiro singular, forte, inebriante, e ficar horas “lambendo” o caroço.
Não existem mais Pés de Mucajá, a lembrança hoje nem é tão boa, porque o fruto desapareceu, no Poço do Mato do Laguinho, no entorno do Lago, havia muitos pés de mucajá.

 MAS, HOJE SÃO SOMENTE LEMBRANÇAS.

Na Europa existem tantas frutas, que não nos deixam morrer de saudade, mas, as da Amazônia, são únicas no mundo.

sábado, 20 de julho de 2019

PESQUISAS

LIVRO DIGITAL - "MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS" LEMBRANÇAS AMARGAS


CRÔNICAS DA NECA MACHADO
LIVRO DIGITAL

By - (Neca Machado)

BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 24 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017,2018 e 2019. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra, “A vida em Poesia 3” lançada em Lisboa em 14.09.2018, coautora na obra “ Tributo ao Sertão, lançamento em Zurique- Suiça-2018, coautora na obra “Além, da Terra, além, do Céu” lançamento em São Paulo em 06.10.2018- Editora Chiado-Pt, Co autora na obra internacional“As Cartas que não escrevi” lançamento em Genebra em 01.05.2019-Editora Helvetia. Co autora na obra lusófona “POEM’ART” lançamento em Portugal-Porto, 18.05.2019, co autora na obra lusa LIBERDADE, lançamento em São Paulo em 23.06.2019. Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)




“A CACETEIRA VIROU PIRIGUETE”



*AS “CACETEIRAS” DA DECADA DE 70, VIRARAM: PROSTITUTAS, GAROTAS DE PROGRAMA E PIRIGUETES...”

        Sentada na velha mesa surrada pelo tempo, na lateral do Salão, escutando Waldick Soriano:

Vestida de Branco

Waldick Soriano

Peço a Deus que seja logo
O nosso juramento
Peço a Deus que seja logo
O nosso casamento

Quero ver-te na capela
Toda vestida de branco
Carregar-te nos meus braços
É o que eu desejo tanto...


Ela até sonhava alto, pensava entre seus delírios, casar, vestida de branco, noutros devaneios, pensava em ir para Caiena de vez, talvez lá a vida fosse melhor? Algumas vezes caminhava entre os velhos bordeis da outrora Macapá, conhecia de “có” os melhores, Hally Galy, Juçarão, Suerda, Sede do Campo do América, etc...
E amava outra canção do Rei dos bordeis: “Nem que eu morra de saudade, vou sumir deste lugar........
Eu também existo, eu também SOU GENTE, eu também mereço encontrar um alguém para amar.....”

E viajava!
          E a velha CACETEIRA, envelheceu, adoeceu, pegou tanta doença venérea que nem sabia mais se estava viva, tinha tanto “esquentamento”, disse a uma ex colega da vida...
Tinha tanta saudade do Hospital Geral onde fazia exames de rotina, e ia no Deneru (   )

 E agora? Ia morrer à mingua porque nem plano de saúde tinha, nem conseguia mais andar para marcar uma consulta, escutou que havia briga nos postos de saúde e que as pessoas dormiam por lá para conseguir marcação, e nem tem uma pensão, ainda pensava em ir no INPS, mas alguém lhe disse que nem existia mais INPS, agora era INSS, o que? Resmungou ela sem entender.
E como lembrança ainda guardava alguns discos de vinil.
Mas nem tem mais como reproduzir, disse lhe alguém,
E ela resmungou: vou procurar por aí uma velha vitrola, talvez alguém tenha guardado, eu gostava tanto daquela música, lembra?
E as lembranças vieram à tona:

Lembra do Delegado?
Ele sim, era homem de verdade, as vezes eu só queria ser presa, ainda sorriu, entre uns caquinhos de dentes. Ele às vezes até me prendia, repetiu entre um sorriso amarelo, e me deixava sempre uma Rosa vermelha de presente, ele sim, tenho saudades. Já morreu!
E existiam tantas casas de prazer na velha Macapá, muitas COLORIDAS, tinha até uma Amarela, lembra?

AS CACETEIRAS VIRAM PIRIGUETES

Século vinte, vinte e um...

Nem existe mais CACETEIRAS por aí, SERÁ (   )

Viraram PIRIGUETES, GAROTAS DE PROGRAMAS, e os programas nem são de lazer, são de prazer e negócios. Muitas são de Luxo, querem apartamentos, roupas de marcas, viagens internacionais, sapatos de sola vermelha..., tornam-se amantes de autoridades, e eles ficam em suas mãos, porque se as DAMASsabem (   ) Hum, vai pegar fogo em casa, e ainda levam pra casa doenças terríveis as suas esposas, como hepatites, e em alguns casos AIDS....
E as velhas CACETEIRAS, só queriam uns panos (cortes de fazendas) de cetim, perfumes trazidos de Caiena, batons vermelhos...
E tinha até preço, uma era conhecida como cinco mil, não sei se valorização demais para a época.

AGORA, elas vão até por 50 reais…Repetiu a velha CACETEIRA.
E ainda completou: escutei um dia desses um “apelido” que me arrepiou: chamaram uma vadia de 50 centavos, pode?
Sei lá, disse a colega.

E a VELHA CACETEIRA, não gostou do nome PIRIGUETE!