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sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

OUTONO 2020 NA EUROPA, NECA MACHADO VESTE MAX & CO

NATAL 2020 NA EUROPA, CASA DA NECA MACHADO

NATAL 2020

 

UMA CRONICA DE NATAL BY NECA MACHADO

 

UMA CRONICA DE NATAL (2020-EUROPA)

 

(Neca Machado está APOSENTADA, e mora na Europa)

(Neca Machado)

BIOGRAFIA

 

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta, Folclorista, Contadora de Estórias, que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 15 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017, 2018 e 2019. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 30 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018, 2019, 2020. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra “A vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a vida em poesia 4” (14.09.Lisboa-2019) coautora na obra do 5º Festival de Poesia de Lisboa 2020, coautora na obra lançada em Genebra- Faz de Conto (Make believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra lançada em Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da terra, além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa – Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019. Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)

Email: nmmac@live.com

 

           É NATAL 2020! (25.12.2020)

           Literalmente é NATAL.

 

              E EU (Neca Machado) na porta dos meus 60 anos, tenho tanto orgulho se chegar lá, uma Caboca nascida no coração da Amazônia, (05.08.1961), sem medo ou vergonha de dizer a minha idade, tenho tanto orgulho de ter meio século, lucida, irrequieta e intensa, benzida com água de poço, parida sob os ventos nortistas do Rio Amazonas, o maior rio de água doce do mundo, embevecida por Mururés encantados, amante das sabedorias populares, respeitosa com nossa gente pioneira, pude deixar isso para a história, quando escrevi memoria biográfica de mais de 400 PIONEIROS do Amapá quando fui jornalista Colaboradora de um jornal local, hoje doados a Universidade do Estado do Amapá, gestão da Dra. Katia Paulino (2019),quando deixei o estado que nasci, e escolhi viver modestamente na EUROPA, depois de aposentada, e repito sempre: que “Minha PAZ vale ouro”.

(Neca Machado-AMAZÔNIA)


Comprei mais de 500 Cds de músicas pelo Mundo em minhas andanças, com o meu gosto particular, e NÃO podia escutar, porque tinha que me submeter as torturas de escutar músicas dos outros, mal educados e o gosto não era o MEU, aqui na Europa, durmo tranquila, a noite foi feita para dormir e tem LEI.

 

E no NATAL 2020, percebi o quanto a emoção ainda é importante, e os sentimentos são singulares.

2020 foi um ano difícil, literalmente difícil, e ainda não acabou, um ano onde a MORTE foi tema, onde as desconstruções tiveram que ser exercitadas, onde dono de restaurante Estrela Michelam, teve que pedir ajuda na rua em protesto de movimento de “pão e água”, onde a classe econômica está pedindo cesta básica, onde moradores de rua no frio, crescem assustadoramente, e onde as pessoas solitárias recebem visitas de policiais porque familiares foram para outros países ou estão sozinhas. Um ano onde a dor foi constante, e mesmo assim, MUITAS pessoas NÃO conseguem ter sensibilidade, continuam MALVADAS, continuam arrogantes, continuam a tratar pessoas feito coisas, são pessoas que acreditam que são o centro do universo.

 

 NÃO SÃO, são somente lixo humano, excrementos humanos, infelizmente.

Observo que os cumprimentos desapareceram, o europeu tem estigma de ser ARROGANTE.

Eu como amazonida, me pergunto, “vale a pena” se morrer de Covid, nem terá enterro.

(Vejo pessoas insensíveis nas ruas, observo gente mal humorada, mal amada, mal realizada.) E olha que a organização Mundial da Saúde tem previsões catastróficas para as doenças mentais que irão aumentar em 2021.

Infelizes. SÃO INFELIZES!

Vejo o motorista de ônibus que nos carrega todos os dias, sequer receber um bom dia no DIA DE NATAL.

E foi dessa maneira que resolvi dar-lhe uma caixa de biscoito franceses, e ele (motorista) sorriu satisfeito, talvez saiba que sou diferente de seus passageiros.

Sou pintora de impressionismo e fotografa, como fotografa, retrato a realidade e capto realismo puro, como impressionista, faço somente impressões, sou adepta de Monet.



E resolvi fazer 10 pequenas telas para depositar nos andares abaixo do meu, moro em um prédio de 06 andares em Portugal, e na véspera de NATAL, desci as escadas antes das pessoas acordarem, apertei a campainha, com a sensação da volta da infância, fui embora, e coloquei nas portas onde a sensibilidade aflorava, portas com adereços de NATAL, uma lembrança singela, pintada com MUITO AMOR.

Queria tanto ver o olhar de aprovação ou desaprovação,

Queria tanto ver o olhar de crianças, que em uma porta vi do lado de fora sapatos infantis, e elas devem ter feito seus pedidos ao PAI NATAL, aqui em Portugal PAPAI NOEL é PAI NATAL.

E quando abriram suas portas, encontraram, uma pequena tela pintada com cores alegres, porque o ano foi triste.

Em 02 deles pintei um fundo cinza, mas com uma arvore de outono, vermelha, para simbolizar a esperança.



Talvez alguém tenha sorrido.

Talvez, alguém tenha mesmo no dia de NATAL. RECLAMADO.

 

BOM NATAL 2020

 

sábado, 12 de dezembro de 2020

 

DEPOIMENTO

 

CORONEL ADEMAR RODRIGUES DOS ANJOS

(+11.12.2020 AOS 66 ANOS – COVID 19)

 


By: Neca Machado (Aposentada, mora na Europa)

 

LEMBRANÇAS

 

O ano 2016. (09.11.2016)

           Não fui amiga do Coronel Ademar Rodrigues dos Anjos, nem fiz parte de seu circulo de amigos, mas, a partir daquele dia passei a admira-lo como um verdadeiro ser humano despojado de vaidades, e com um bom coração.

 

Vivi um pesadelo na pele ao me deparar com o câncer de meu esposo, o engenheiro alemão Manfred Haase falecido em 04.11.2017 em Portugal, e na cidade de Macapá onde nasci e voltei a residir para trabalhar, vivi os piores momentos de uma peregrinação humana em busca de atendimento médico para alguém que escolheu morar no Amapá.

E na saída da Ouvidoria da Saúde onde fui fazer reclamação sobre o processo para realizar uma biopsia, encontro o Coronel Ademar Rodrigues dos Anjos, parece que surgiu naquele momento como um ser de Luz para me dar um banho de esperança.

Nos enxergávamos, Ele me via como jornalista, e Eu o admirava, a mim, um Homem “bonito”, disse isso a ele,

e ele sorriu!

Me perguntou como estava, viu meu semblante triste e angustiado, e lhe contei sobre minha romaria em busca de atendimento para CANCER, na rede pública, que não estava sendo fácil, com meus olhos marejados, ELE colocou a mão em meu ombro e com um ar angelical, me disse: vou lhe contar uma história: (também tive câncer de próstata, seu esposo vai superar, mas, é preciso novos caminhos, novos medicamentos, novas terapias, leve ele daqui, e EU dissejá estou resolvendo seu retorno a Europa de onde ele é originário, acho que definitivamente vou deixar meu projeto de Mestrado para cuidar dele em Portugal)

E assim, aconteceu, Manfred tinha um diagnostico com metástase de 03 meses, e em Portugal chegou a quase 01 ano de sobrevida.

 

Naquele dia de 2016 pude fazer um conceito próprio do Coronel Ademar que via sempre nas entrevistas pela televisão, pude observar um Homem cheio de amor pela vida, cheio de esperança, cheio de sonhos ainda a ser concretizados, se aposentou e continuou a contribuir ao estado que escolheu para viver.

 

EU deixei o Amapá.

 

Deixei minha contribuição, tanto na educação, onde tive centenas de alunos que me escutaram, quem foi meu aluno sabe que fui uma Professora que estimulava o realizar dos sonhos (sempre disse na sala de aula) “ ...QUE SOMOS DO TAMANHO DOS NOSSOS SONHOS”.

MUITOS (ESCUTARAM)

Tenho ex alunos, que se tornaram: advogados, engenheiros, profissionais de todas as áreas, humorista, e até uma reitora de Universidade...

MUITOS tiveram gratidão, outros sequer tornaram-se humanistas,

Mas, LEMBRANÇAS, boas lembranças, será uma virtude no coração de quem nos toca e nos tocou.

Foi assim, naquele dia que cruzei com o Coronel Ademar.

 

Condolências a família, e que se torne agora um verdadeiro ANJO.

 

 

domingo, 6 de dezembro de 2020

2020, O ANO DA MORTE

 

2020 UM ANO PARA ESQUECER

 

"2020, O ANO DA MORTE”

 

Por: Neca Machado (Escritora e jornalista da Amazônia, reside na Europa)

 

           O domingo de 06 de dezembro de 2020 parece cinzento em todos os aspectos, do outono, do confinamento pela Covid e do frio. Em Portugal a tristeza se abateu em cada casa de um luso que ama a música de TONY CARREIRA, era como se fizessem parte de sua família.

(SARA CARREIRA, 21 ANOS +05.12.2020)


No sábado (05) um acidente de trânsito na auto estrada A1, entre Santarém e Cartaxo, tira a vida de uma bela jovem, única filha Mulher do cantor Tony Carreira, celebridade da música romântica na Europa e no mundo, morre aos 21 anos SARA, que além de cantora, começava uma carreira na moda jovem, estava acompanhada do namorado o ator Ivo Lucas, transportado para Santarém em estado grave.

Esta semana ao assistir pela SIC Portugal o programa de variedades dos apresentadores João Baião e Diana Chaves, lá estava SARA para apresentar sua linha de roupas, vi uma jovem serena, linda, tímida, doce, cheia de ternura, e me encantei com sua expressividade porque AMO as músicas de seu pai.

 

2020 É CONSIDERADO O ANO DA MORTE

 

Para muitos asiáticos o temor do numero 4 é grande, um número cheio de superstições, agouro e muito azar, 13 é 4, 8-4=4, 2=2=4...

O numero segundo pesquisas, está diretamente ligado a MORTE.

(Enquanto algumas pessoas por aqui cultivam um certo receio por qualquer coisa que tenha o número 13 – seja um dia, um andar ou um telefone –, boa parte dos asiáticos prefere ficar bem longe do número 4. Para nós, ele não passa de o dobro de 2 ou um pouco mais de 3, mas para chineses, japoneses, coreanos e taiwaneses esse número está diretamente relacionado à morte.

A explicação está na cultura chinesa, que divide os algarismos em números de sorte e azar de acordo com a similaridade que a pronúncia de cada um deles tem com outras palavras. O número 9, por exemplo, é um considerado um algarismo de bom presságio por ter uma pronúncia semelhante à de “duradouro”, que é uma palavra frequentemente utilizada para falar de amor e casamentos.

Já a razão para que os asiáticos temam o número 4 () é que sua pronúncia é muito semelhante à palavra “morte” () – consulte os links para ouvir e perceber a similaridade. O mesmo fenômeno acontece em outras línguas faladas na região, como o cantonês, o coreano, o japonês e o vietnamita.)

 

Para muitos o numero 4 está ligado ao símbolo da cruz, que representa MORTE.

 

(Na Bíblia, o Livro do Apocalipse indica a ideia de universalidade do número 4. Nesse livro são mencionadas situações em que é frequente a presença do número.

Assim, são 4 os cavaleiros que trazem as 4 pragas maiores. São 4 os anjos destruidores que ocupam lugar nos 4 cantos da terra. São também 4 os campos das doze tribos de Israel, entre outros.

O Vedas, livro sagrado do Hinduísmo, é dividido em 4 partes: Hinos, Sortilégios, Liturgia e Especulações.

Os ensinamentos de Brama, deus do trinário hindu, também são divididos em 4 partes: regiões do espaço, os mundos, as luzes e os sentidos.

Finalmente, são 4 os evangelistas (autores que escreveram sobre a vida de Jesus): Mateus, Marcos, Lucas e João.

Por mais esses motivos, o número 4 comporta o aspecto sagrado.

Várias coisas são representadas por quatro elementos. São exemplos:

·         As quatro direções cardeais: norte, sul, leste e oeste.

·         As quatro estações do ano: primavera, verão, outono e inverno.

·         Os quatro elementos: ar, fogo, água e terra.

·         As 4 fases da vida humana: infância, juventude, maturidade e velhice.

“E para muitos estudiosos das ciências ocultas, 2020, é o ANO DA MORTE.”

O ANO NÃO ACABOU, e nem deixará saudade, milhares de seres humanos morreram pelo COVID 19, outros tantos estão com sequelas pela mutação do vírus que é desconhecido pela maioria dos cientistas do mundo.

Mortes em todas as categorias, morreram autoridades de todas as áreas, área da justiça, medicina, economia, cantores, escritores, médicos, engenheiros..., muita gente famosa e milhares de desconhecidos, entregues ao abandono de velórios sem familiares e amigos, “e muitos ainda vão morrer até o fim do ano.”

 

E milhões pelo mundo clamam, que este ano DA MORTE, ACABE, que se vá, que chegue 2021 URGENTE.

 

 

sábado, 14 de novembro de 2020

 

POESIA "EXISTÊNCIA" 5º FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA 2020

 

Existência - POESIA (5º Festival de Poesia de Lisboa 2020)




 Neca Machado (CO AUTORA NA OBRA)

5º FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA

(AMAZÔNIA)




 

 Sinto me VIVA, com o frescor de uma flor,

 Com o dançar das ondas,

 no mar revolto em dia de tempestades,

Sinto me VIVA,

 com as revoadas de pássaros que bailam sobre telhados,

 Com o fogo inebriante de um dia de verão em fim de tarde,

 rasgando o céu,

 Sinto me viva

 ao sorrir sem motivo de alguma lembrança,

 E EXISTO, reexisto,

 a cada manhã quando abro meus olhos a fitar a VIDA.

 Sou parte deste bioma, entranhado no meio do mundo,

 a AMAZÔNIA Verdejada pelo encanto das florestas,

 Abençoada por Deuses imaginários,

 Banhada com água benta, de poço cavado a profundidade,

 Perfumada com cheiro de mato,

 E eternizada por sabores exóticos

 que nunca serão substituídos em nenhum outro lugar.

 Mulher afro, despida de medo, vestida de CORAGEM.

Sou a Existência viva

orgulhosamente de parte da AMAZONIA.

APAGÃO NO AMAPÁ (VERGONHA MUNDIAL)

domingo, 13 de setembro de 2020

MACAPÁ DIGITAL BY NECA MACHADO (HOMENAGEM DA EUROPA)13.09.2020

 

MACAPÁ DIGITAL BY: NECA MACHADO (EUROPA) 13.09.2020


Macapá Digital by: Neca Machado (EUROPA)


Macapá Digital by: Neca Machado


Macapá Digital by: Neca Machado


Macapá Digital by: Neca Machado


Macapá Digital by: Neca Machado


Macapá Digital by: Neca Machado


Macapá Digital by: Neca Machado

domingo, 12 de julho de 2020

CONTOS DA NECA MACHADO (AMAZÔNIA)


MARIA MURURÉ



(Neca Machado)
BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta, Folclorista, Contadora de Estórias, que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017, 2018 e 2019. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 28 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018, 2019, 2020. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra “A vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a vida em poesia 4” (14.09.Lisboa-2019) coautora na obra lançada em Genebra- Faz de Conto (Make believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra lançada em Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da terra, além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa – Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019. Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)







MARIA MURURÉ

Quando ELA nasceu no meio da floresta Amazônica, parece que o Uirapuru, tinha acordado.

A mãe disse a vizinha que “era um dia lindo de sol, quente, com o vento nortista vindo do Rio Amazonas, ” e ELA foi abençoada pelos deuses da floresta.
Mês de maio, mês de MARIA, o pai devoto da santa, queria o nome MARIA, e a mãe ao descer o pequeno Girau de paxiuba, não pestanejou, se viu em uma aquarela de encanto e magia, no pé da casa, como para recebe-la, um jardim de MURURÉS, algumas flores se agitavam ao vento, insetos as rodeavam, o cheio do mato orvalhado em suas narinas, e ELA como embriagada pelo momento, disse balbuciando docemente: SEU NOME SERÁ: 

MARIA MURURÉ!

Ele sem entender, concordou.
O jardim de flores nativas se alegrou, as flores dançavam ao vento, e uma delas se sobressaiu, muito branca, com pétalas cor de rosa, no meio das folhas verdes, linda, linda exclamou a mãe.
MARIA MURURÉ!

MARIA, SANTA E FLOR ANGELICAL.

Maria tornou se uma linda menina, branca como uma nuvem solitária no céu da Amazônia, cabelos dourados como os raios de sol, era a verdadeira representação nativa de uma floresta no coração do mundo.

MARIA MURURÉ.
Encantava os caboclos com sua beleza angelical, fazia nascer o ciúme nas caboclas curtidas de sol, cresceu com os pés descalços, perfumada por flores do mato, conhecia cada canto de pássaro, e sabia de seu encanto por onde passava, foi abençoada dizia a mãe, e parece que foi mesmo diziam as comadres da ribeira.

MARIA MURURÉ!
Por onde passou deixou sua marca.
Seu carisma, sua magia,
Seu encantamento.

sábado, 4 de julho de 2020

O LIVRO VAI SER LANÇADO NA EUROPA


NECA MACHADO



“MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS”
(LEMBRANÇAS AMARGAS)
*O SONHO EUROPEU DE CABOCAS DA AMAZÔNIA
RELATOS REAIS- PESQUISAS NA AMAZÔNIA






Amazônia-BRASIL

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SINOPSE

MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS
(By: Neca Machado)

          “Um dia ao escutar uma estória triste de uma Velha Prostituta”, refleti sobre suas dores e seus desamores, e decidi que UM DIA colocaria emoção nas suas paixões em forma de poesia, e durante quase trinta anos como jornalista Colaboradora, o tema não me saiu da memória, e quase na porta dos sessenta anos, resolvi deixar as futuras gerações, muitas delas de Prostitutas modernas, estórias antigas de sonhos que não se tornaram realidade, de projetos de enriquecimento através da venda de seus corpos que as destruíram, tanto fisicamente como mentalmente.”
Memórias de Putas Velhas, é uma coletânea de lagrimas, e de dores, feridas que nunca cicatrizaram, na alma e na derme. Uma reflexão para Mulheres que poderiam ter outras opções, mas escolheram um falso amor, porque muitas na prostituição também se apaixonam por seus clientes, e não são correspondidas.
Estórias de dependência química do falso amor, e das drogas licitas e ilícitas.
Relatos de aprisionamentos, violências físicas e mentais, torturas e assassinatos, fantasias assustadoras da natureza desumana, numa essência poética de fácil linguagem, minha característica literária.
Um leitor de minhas crônicas como jornalista, me disse um dia que minha escrita era pura emoção.
Concordei!





APRESENTAÇÃO


          Como uma verdadeira Mulher da Amazônia, nascida no extremo norte do Brasil, fronteira com a Guiana francesa, meio do mundo literalmente, na Linha do Equador, estado banhado pelo majestoso Rio Amazonas, “sinto me na obrigação de deixar as futuras gerações este relato exaustivo de pesquisas realizadas por mim, ao longo de mais de três décadas, como Jornalista”
Escutei desde criança, estórias de terror de Mulheres ribeirinhas, que iludidas por sonhos de prosperidade com a valorização do “franco” moeda europeia da década de setenta, se aventuravam pelas correntezas do Rio Oiapoque, em busca de um futuro melhor, muitas morreram, desapareceram sob as aguas e nunca foram encontradas, outras sobreviveram para relatar a poucos ouvintes suas dores.
São mais de 200 relatos reais que escutei atenta sem interferir, e agora reproduzo de maneira literal em forma de contos, uma odisseia de terror. Muitas conseguiram sobreviver as doenças, as humilhações e as diferenças culturais entre o Brasil, extremo norte, muitas vieram também do Nordeste e a Europa. Outras não gostam de lembrar do passado, tem filhos oriundos dessas relações, muitas conseguiram cartas de residentes, outras tantas falam o idioma francês com fluência, porque Caiena na Guiana francesa continua sendo um Condado da França.
São estórias reais com a “minha característica” de reproduzi-las com pura emoção literal.


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BIOGRAFIA
Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017, 2018 e 2019. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 28 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018 e 2019. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra “A vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a vida em poesia 4” (14.09.Lisboa-2019) coautora na obra lançada em Genebra- Faz de Conto (Make believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra lançada em Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da terra, além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa – Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019. Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)





HOMENAGEM A TODAS AS “MARIAS “

Começo essa odisseia literária com um POEMA dedicado a “TODAS AS MARIAS”
MARIAS, anônimas, verdadeiras heroínas, muitas analfabetas, outras tantas sem perspectivas de um futuro educacional, que viram na prostituição um galgar para terem melhores “qualidade de vida”, numa vida “considerada por muitos imbecis, FÁCIL, mas que de fácil era um verdadeiro inferno na Terra, me disse “uma velha prostituta. ”
MARIAS, subjugadas a verdadeiras torturas, maltratadas por verdadeiros homens-animais, que viam no sexo, apenas um extravasar de espermas, fazendo delas, deposito de seus excrementos, muitas delas, morreram de doenças sexualmente transmissíveis sem sequer saberem o nome, diziam algumas que começava apenas com um “esquentamento”, e aí, tantas outras foram contaminadas por hepatite “C”, AIDS, tuberculoses, pegaram malárias 10 vezes, me disse uma...
E tantas outras até hoje tem vergonha do passado.
MARIAS, sem véu, sem mantos, somente com prantos...
MARIAS, que sorriam na hora do pagamento, mas que choravam por dentro na hora de irem para a cama com homens, sujos de corpo e de alma, muitos vindos dos garimpos, sem higiene, violentos e sem educação, homens afrodescendente verdadeiros animais, nascidos no outro lado do rio Oiapoque, me disse outra, eram “avantajados sexualmente” e “nos arrebentavam literalmente” me disse outra.
TENHO ORGULHO DE SER “MARIA”, MEU NOME É MARIA!
Este livro é DEDICADO A TODAS AS “MARIAS”: (Maria... Raimunda, Joana, Joaquina, Tereza, do Carmo, Conceição, Isaura, Izabel, Cecilia, Celia, Osvaldina, Lucia, Antonia, Benedita, das Dores...E a Todas as outras que se envergonharam na PROSTITUIÇÃO de serem MARIAS, e mudaram seus nomes originais.





“IN MEMORIAN”
DE
TODAS
AS MARIAS, MORTAS NA PROSTITUIÇÃO
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