NECA

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sábado, 25 de fevereiro de 2017

INVISÍVEL!

INVISÍVEL NA MULTIDÃO
ARTIGO DE DOMINGO DA NECA MACHADO.
26.02.2017-PORTO-PORTUGAL
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Neca Machado “INVISIVEIS”, AOS OLHOS DO OUTRO...

ARTIGO DE DOMINGO
26.02.2017- PORTUGAL

Por: BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs, classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 10 obras lançadas em Portugal em 2016 e 2017, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.) 
Email: nmmac@live.com

Li recentemente um artigo de um escritor luso chamado Sergio Sola, que me tocou profundamente, quando ele explicitava de maneira “reflexiva” sobre um tema envolvente e atual que é a INVISIBLIDADE do ser dito humano.

FATOS
Sábado de Carnaval, sou brasileira, mas, nem tanto amante das folias, estou em terras lusas e resolvi desbravar a beleza dos Monumentos históricos que me cercam.
De um lado da Ponte Dom Luís I, fico sempre a contemplar o Rio Douro e do outro lado na primeira estação logo que o Metro deixa a cidade de Gaia em Portugal, ao lado da estação do Jardim do Morro, com a bela visão do Mosteiro da Serra de Pilar, é só contemplar a beleza de uma das mais belas estações ferroviárias do Mundo, a Estação de São Bento, tendo ao fundo a Catedral do Porto.
Subo as ladeiras para ir a Catedral do Porto, e na passagem encontro um jovem JOGADO AO CHÃO, literalmente no chão com suas roupas trôpegas, sujo, e totalmente INVISIVEL, sim, INVISIVEL aos olhos de todos que o circundavam, escuto gritos de crianças ao fundo, conversas em tom elevado de um grupo de russos, uma fila de escoteiros que descem com pressa as ladeiras para irem à estação, e MUITA gente, que passa, e “nem olha” mais para aquele jovem jogado literalmente no chão, alguém deixou alguns centavos de euro na sua frente, e ele inerte nem percebeu, talvez tenha família, não sei.
E volto a refletir sobre o artigo do escritor Sergio Sola sobre INVISIBILIDADE.
(Nós, nos, fazemos de cegos ao outro, nos tornamos cegos a dor do outro, fechamos nossos olhos a fome do outro, nem vemos mais o OUTRO, como um ser.)
Talvez alguém dissesse se eu o provocasse: “isso é a Europa”.
Mas, na frente da Catedral do Porto, na porta da visita do Papa a cidade de Fatima que chega a Portugal em maio-2017, um jovem AGONIZA INVISIVEL.
Talvez alguém na multidão tenha feito a mesma pergunta que eu: onde anda a Assistência social?
Não sei!
Mas ainda tem muito o que fazer por aqui, mesmo em um Pais “rico” e de primeiro mundo, onde o Lixo foi quase que totalmente erradicado na área urbana, não sei se nas periferias, porque não fui lá, não se vê lixo no chão, e quando tem, logo tem alguém para tira-lo de lá, apesar de muitos aspectos negativos que ainda encontro por aqui, como o cigarro assustador que as pessoas fumam na sua cara sem direito a reclamações, e nem a educação, porque fumam e colocam ao ar livre suas fumaças, sem se importar com o outro que vem atrás, e deixam na via pública seus restos, acredito que tenha lei proibindo, também desconheço.
Aproveitando tenho outra OBSERVAÇÃO:
Não vejo o FADO sendo tocado, como um referencial de música portuguesa, fui em muitos restaurantes e onde tem música ambiente, só vi musica norte americana e muita música brasileira, até nos taxis, só música internacional.
E ia esquecendo: a falta de EDUCAÇÃO de vendedores, MUITOS são mal-educados, agressivos, arrogantes, e EU Professora de atendimento ao Público, como me sinto? ( ) sem opinião.

E lá volto ao jovem jogado no chão na frente da Catedral do Porto, que poderia ter um serviço de assistência social para retira-lo dali.
Sim, ali ele era INVISIVEL.
E continuou apesar de meus olhares ao redor.
Ainda fiquei algum tempo a observar a reação das pessoas, se haveria alguém solidário.
E NADA.
E EU como Jornalista e escritora, só tenho as teclas de um computador na mão, que é uma ARMA.
Talvez alguém leia esse artigo.
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